Ao longo da história da construção do pensamento científico, a participação das mulheres foi de extrema
importância, sendo vista desde a antiguidade. No entanto, com o avanço do poder do sistema patriarcal, o
direito e os interesses femininos foram suprimidos, gerando uma desigualdade entre gêneros, o que fez com
que as mulheres fossem marginalizadas no cenário científico, que se tornou um espaço
predominantemente
masculino.
Nesse sentido, ainda hoje é perceptível que ao contrário dos meninos, as meninas não
são estimuladas a terem interesse por áreas como engenharia, química e física e não almejam ser astronautas,
biomédicas e farmacêuticas quando crescerem. Assim, o “Meninas na Química” nasceu com o intuito de estimular
o ingresso de meninas, estudantes do ensino médio, em cursos universitários das áreas de ciências da
natureza e de ciências exatas, problematizando a exclusão da mulher nessas áreas e relacionando isso a
estereótipos profissionais.
Para isso, o projeto conta com oficinas e atividades experimentais
relacionadas à área dos cosméticos, realizadas em escolas da rede pública do Rio de Janeiro. Além disso, as
visitas pedagógicas também contam com rodas de conversa, jogos e filmes sobre temáticas de gênero, para
maior interação e compreensão do assunto.
Dessa forma, espera-se que as disparidades entre
homens e mulheres na ciência sejam transpostas por uma nova geração de mulheres, que através de um
empoderamento, reconheçam que o meio científico também pode ser um espaço feminino.